O que acontece após a morte? Reencarnação

Vida no abismo

Mapa do Inferno de Dante

Olá amigos!

Em complemento ao meu artigo “Existe vida após a morte?“, vamos falar hoje sobre “O que acontece após a morte?”. Desta forma aprenderemos mais sobre o assunto juntos.
Se você não leu o artigo anterior, basta clicar no link acima.

Como vimos anteriormente, a morte só existe para o corpo físico, ou seja, somente a carne voltará ao “pó” e isto explica a passagem bíblica em (GN 3:19) “Do pó viemos e ao pó voltaremos”.

Mas e o Espírito? O que acontece após a morte do corpo físico?
Após o corpo físico perecer, o Espírito deve se desprender através do que nós espíritas chamamos de “Desencarnação”, ou seja, não necessariamente o desencarne ocorre imediatamente após a morte do corpo. Isto porque cada ser humano está mais ou menos ligado à matéria.
Quanto mais ligado estivermos aos bens materiais, ao nosso próprio corpo ou às pessoas com quem convivemos, mais difícil e demorado se torna o desligamento do “Perispírito” (Mais informações sobre perispírito no post acima citado) com o corpo físico.

Tudo começa quando reencarnamos. Recebemos uma ligação entre o Perispírito e o corpo físico a que chamamos de “Cordão Fluídico”. Este cordão estará presente em todos os momentos da vida até que o corpo pereça e o desencarne aconteça.
Para isto, é quase sempre necessário que haja uma “Força tarefa” dos Espíritos amigos, encarregados de nos auxiliar no desencarne.
Esta tarefa pode ser mais fácil de se realizar se nós, parentes e amigos encarnados auxiliarmos de algumas formas:
No momento do velório, mantermos a calma e orarmos;
Evitar escândalos e desesperos dos menos calmos;
Evitar conversas menos edificantes durante o velório e enterro;
Estas e outras formas de ajudarmos estão contidas no livro “Na hora do adeus” de Irene Pacheco Machado (médium) e Luiz Sérgio (espírito).

Pessoas que tiveram uma vida regrada à base do amor e caridade, podem ser auxiliadas mais facilmente pelos amigos espirituais e em alguns casos, serem levadas para “Hospitais do além”, isto mesmo, no plano espiritual existem muitos hospitais. E lá podem ser amparados até que tenham condições de continuar sua caminhada rumo ao aperfeiçoamento moral e intelectual.

Algumas pessoas, a minoria infelizmente, já tem condições se encaminhar diretamente à colônia ou posto ao qual pertence, isto devido a seu grau elevado de adiantamento moral e intelectual.

Mas a maioria dos casos vem a seguir:
Quando estamos muito ligados ao mundo corpóreo, temos enormes dificuldades no desencarne.
Para começar, somos imantados à todas as nossas afinidades. Isto define se poderemos ou não ser hóspedes de algum centro de apóio espiritual.
Caso tenhamos mais afinidade com o mau, o sexo desregrado, drogas ou outros vícios, poderemos ter causado muitos problemas em nosso perispirito, impossibilitando o auxilio imediato de forma adequada.
Nestes casos, somos auxiliados à distância, pois mesmo nas piores situações estaremos sendo monitorados e no momento exato seremos resgatados do jugo criado por nós mesmos.

Umbral
Muitas pessoas tem medo ou desconhecem os umbrais, porém, devemos desmistificar este assunto através do conhecimento.
Muitos ouviram falar sobre o “Vale dos suicidas, dos tatuados ou abortados”, porém, o que a maioria ainda não sabe é que são lugares criados por nós mesmos e não estão em um lugar circunscrito como pensam, ou seja, não há um mapa para sairmos de lá, pois para sair destas situações complexas devemos nos conscientizar sobre nós mesmos e pedir o auxilio das esferas superiores.
Na verdade, são criados pelas “Formas Pensamento” ou seja nosso pensamento e consciência criam estes lugares da forma como os imaginamos, nossos maiores medos e débitos.

Nosso divino mestre Jesus asseverou: “Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. – Digo-vos, em verdade, que daí não saireis enquanto não tiverdes pago o último ceitil.” (Mateus, V, 25 e 26)”.
Estas palavras não foram pura alegoria e sim a mais profunda verdade. Enquanto tivermos adversários, principalmente desencarnados, haverá o seu assédio. Isto que dizer que caso estejamos acessíveis através do orgulho, egoísmo, avareza, etc, teremos que prestar contas a estes seres cujo objetivo de vida é a nossa ruína.
Quantos Espíritos estão aprisionados no além túmulo, ou quantos mais afundados na lama dos abismos. Isto meus irmãos, é a nossa consciência que não deixa passar nenhum ceitil.

Indiscutivelmente, a situação poderá ser mais agravada quando por nossos próprios vícios, abreviamos a data do desencarne. Nestes casos, nos tornamos suicidas inconscientes, ou seja, sem saber ou pelo menos sem premeditar nos “matamos”.
Nossa consciência nos ligará automaticamente aos umbrais, onde inevitavelmente teremos que pagar por nossos desvarios.

André Luis no livro “Missionários da Luz” psicografado pelo nosso confrade Chico Xavier, dá uma das definições mais ricas que já lí sobre como chegamos ao umbral:
“Quando o Espírito reencarna na terra, se prontifica a cumprir o programa de serviços do pai, porém, ao rememorar experiências no plano carnal, acaba muitas por não cumpri-lo, rendendo-se ao egoísmo e as paixões.
Para não voltar ao plano maior em piores condições do que quando o deixou, ele é guiado mentalmente por afinidade ao umbral, onde poderá se livrar pouco a pouco das ilusões e do apego a materialidade”.

Devido à estas verdades é que se criou a imagem do “Inferno”, onde se atribui ao “Diabo” o papel de encaminhar as almas à sua morada eterna.
Na verdade não passa de ignorância, o ser humano durante séculos teve várias viagens aos umbrais para conhecê-lo, basta lermos o mundialmente conhecido “Inferno de Dante”. De acordo com os relatos espirituais, Dante Alighieri fez uma excursão pelo abismo, obviamente guiado pelos Espíritos superiores onde conheceu uma das formas de umbral mais complexas.
Em sua época, não lhe seria possível demonstrar toda a crueldade criada pelas mentes dos habitantes do “Inferno”, porém, muitos até hoje acreditam que o Inferno de Dante foi obra de sua imaginação.

Para conhecer melhor sobre o abismo leia “O Abismo” de André Luis, onde ele relata como os Espíritos de luz atuam para auxiliar nossos irmãos mais rebeldes.
Existem outras obras como por exemplo a trilogia “Reino das sombras” de Robson Pinheiro (médium) e Ângelo Inácio(Espírito).

Devemos temer a morte?
Realmente, é difícil encontrar alguém que não tema a morte. Na minha opinião, devemos sim temer a morte, porquê esta é a melhor forma de pensarmos em nos melhorar.
Se tivermos medo dos nossos adversários após a morte, tratemos de nos redimir dos erros para com eles antes dela.
Se temos medo do desconhecido, estudemos o espiritismo, e principalmente as obras de Allan Kardec (O Livro dos Espíritos, O livro dos Médiuns, O Evangélho segundo o espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese). Também aconselhamos a procurar as obras de André Luis que relatam a vida no mundo espiritual através de histórias que ele mesmo passou após seu desencarne.

Quanto a ter medo, basta lembrarmos que o próprio Chico Xavier também o tinha. O medo é um instinto muito útil até os dias de hoje e será um dos últimos a nos desvencilharmos.

“Os Espíritos amigos nos ensinam que a certeza da vida após a morte nós dá uma fé inabalável e nos faz querer ser melhores, caso contrário seremos mais uma vez escravos de nossas consciências.”

Após a nossa pequena excursão por nossas consciências após o desencarne, poderemos viver normalmente no plano astral, trabalhando, estudando, ouvindo música, visitando nossos parentes e amigos (encarnados e desencarnados) enfim, ser úteis novamente.

Não devemos nos esquecer que o trabalho acontece nos dois planos e que o Espírito não pode estacionar por muito tempo no aprendizado, sob pena de infelicidades a curto prazo que poderão se estender durante muito tempo.

E você? Tem medo do além túmulo?

Abraços e até a próxima.

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Fonte: Olhar Além

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